Algumas doenças de pele ainda são vistas de forma preconceituosa e isso, normalmente, é causado pela falta de informações. Um exemplo é que muitos acreditam que podem se infectar com essas condições dermatológicas somente por meio de contato físico, como a dermatite atópica. Mas você conhece o Tratamento para Dermatite Atópica?
Esse é o caso da Dermatite Atópica, ou seja, uma doença alérgica crônica, caracterizada pela ausência da barreira de proteção da pele, o que provoca uma perda de água frequente, fazendo com que as pessoas acometidas tenham uma pele excessivamente ressecada, que facilita o aparecimento de diversas lesões avermelhadas. Porém, a condição NÃO é contagiosa.
Um estudo da ISSAC (International Study of Asthma and Allergy Diseases in Childhood) revela que no Brasil, a Dermatite Atópica tem uma prevalência média de 7,3% e a Dermatite Grave de 0,8% na faixa etária de sete anos de idade. Já na idade de 13 a 14 anos, a prevalência média da Dermatite Atópica foi de 5,3% e Dermatite Grave de 0,9%.
O que pode causar as crises de Dermatite Atópica?
A causa é genética. Alguns fatores de risco para a ocorrência das crises podem incluir: alergia a pólen, mofo, ácaros ou animais; contato com materiais ásperos; exposição a agentes alergênicos ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral.
Temperaturas extremas ou mudanças bruscas (quando você sai de um lugar quente e entra em um lugar frio, por exemplo), infecções, alimentação inadequada, estresse, roupas de lã e tecido sintético também são outros gatilhos para as crises alérgicas. Mas, vale lembrar que esses fatores de riscos variam de pessoa para pessoa.
Como se manifesta a dermatite atópica?
A principal manifestação é a pele ressecada com erupções e crostas, que fazem os pacientes sentirem muita coceira. Além disso, em alguns casos, a doença pode vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável.
Por ser crônico, o quadro inflamatório da pele pode ir e vir, às vezes com intervalos de meses ou anos entre uma crise e outra e, apesar de afetar pessoas em todas as faixas etárias, a Dermatite Atópica costuma se manifestar de forma diferente dependendo da idade.
Nas crianças, por exemplo, pode atingir os cotovelos, os joelhos e as bochechas, que ficam avermelhadas e descascando.Posteriormente, nos adultos, as lesões também são vermelhas, coçam muito, podem soltar líquido e costumam surgir nas dobras do pescoço, cotovelos e joelhos.
Tratamento para Dermatite Atópica
O tratamento tem a finalidade de controlar os desconfortos causados pelos sintomas, que muitas vezes acabam até prejudicando as atividades do dia a dia.
Devido à pele ressecada, a base do tratamento é o uso de emolientes, também chamados de hidratantes.
Outro fator importante é fortalecer a barreira da pele. Isto é, evitando o contato com alérgenos ambientais, como poeira, pólen, sabonetes com perfume, produtos de limpeza doméstica e tabaco. Banhos quentes devem ser evitados, pois a água quente resseca ainda mais a pele.
O uso de anti-histamínicos por via oral pode ajudar com a coceira que acompanha essa doença.
Na maioria dos casos o problema é tratado com medicamentos tópicos em cremes ou pomadas.
A fototerapia, tratamento com raios ultravioleta, é bastante eficaz no controle do eczema e pode ser indicada em casos específicos.
Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de outras medicações orais.
Portanto, a indicação do tratamento mais adequado deve ser feita após uma avaliação médica, que observará as condições clínicas individuais e o histórico familiar.
Tratamento para Dermatite Atópica: Cuidados adicionais
Alimentação
De acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), ainda é controverso que muitos alimentos servem como gatilho para as crises de Dermatite Atópica. Mas, como prevenir é melhor do que remediar, é recomendável evitar alimentos que estão relacionados à maior incidência de alergia alimentar, como: leite, ovos, peixes, crustáceos, milho e amendoim.
Banhos, roupas e ambientes
Outras atitudes simples, mas que também podem ajudar a evitar as crises alérgicas são: tomar banhos rápidos, com água morna e sem a utilização de escovas ou buchas. Além disso, recomenda-se preferir roupas leves e de algodão e fugir de lugares com temperaturas extremamente baixas ou altas.
Saiba mais sobre exames ocupacionais e complementares.
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Referências
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